terça-feira, 20 de março de 2012

O Velho do olho de vidro.


É impossível falar do Trópicos e contar a história daqueles tempos sem falar dele, seria um erro estúpido. Toda noite ele estava lá no balcão falando com os clientes; muitos conversavam com ele, mas, na verdade, não acredito que alguém entendesse alguma coisa do que ele dizia. Eu, pelo menos, nunca entendi.  Diz o Franck que era possível estabelecer comunicação quando ele estava sóbrio, o que só acontecia durante o dia.    
Nem sei qual era o nome dele, o Franck sabe; tinha um carinho especial por ele, como a foto mostra. Era um pescador da região que tinha adotado o bar para tomar sua cachacinha noturna, igual a todo os outros clientes. 
Mais tarde, quando o Trópicos fechou, levou uns dois meses ou mais até montar o Underground. Nesse meio tempo o velho sumiu. Até que, mais adiante, com as festas já rolando forte, ele apareceu uma noite, para alegria geral!

Logo que pedi ao Franck permissão para fazer o blog, acho que faz uns três meses, ainda perguntei sobre o velho.Tá bem vivo!  Lembro que na época  o cara era forte, e que num simples cumprimento ele quase esmagava tua mão. 
Sem dúvida alguma ele faz parte do folclore do bar!

Um comentário:

  1. Esse véio caolho tinha mil anos! Às vezes o filho dele vinha no bar buscá-lo. O rapaz ficava todo envergonhado, pois o véio era chato pra caralho. Quando a manguaça subia pra cabeça ele ficava incomodando todo mundo, tentando falar em uma língua alienígena. Contava pra todo mundo que ele foi marinheiro durante 40 anos e por isso o aperto de mão dele era forte como um alicate.

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